segunda-feira, 28 de abril de 2008

sexta-feira, 25 de abril de 2008

POEMAS FRIOS

Galeria de Arte Moderna Washington DC.







VAZIO


Minha alma está vazia.
Meu corpo é só um corpo
dissolvido na montanha.

O canto cínico do poeta nada me diz.
Mentiras, mentiras
se espalham com a chuva
E na neblina
Deixo meu pranto morto.




NOITE

A noite mostra a boca
Cheia de dentes-estrelas.
A lua derrama-se.
Corro esconder-me.
É demais suportar essa paisagem sem seus olhos.
Mentira!?

Sonho loucuras
com você chegando agora.
À meia-noite. Que lindo!!!
Seu sorriso estampado.
Seus dentes de agulha.
Mas não há improviso.




RODOVIÁRIA


Madrugada fria na rodoviária.
Alguns mortos-vivos circulam ou dormem
pelo ambiente, em meio aos vegetais que fazem o trabalho de limpeza.
Tua ausência ocupa o lugar de tua chegada.
O vento corta a manhã.

sexta-feira, 4 de abril de 2008



Me sinto rente a um mundo destruído

Nem sei se quero me salvar

Talvez sair como louca pelas ruas

Mas as ruas não vão para o mar

O mar continua distante
(Foto: Jan Saudek,Dawn No. 1, 1959)



"Me sinto o ralo...

tragando sensações liquefeitas"

(Denovac, Adri)
(Foto:Jan Saudek,1953)