terça-feira, 22 de julho de 2008

tatuagens literárias - moda ou devaneio?

Achei interessante esse artigo sobre tatoo, deixei um post no mesmo se alguém se interessar em dialogar...
http://blog.uncovering.org/archives/2008/07/tauagens_litera.html


e este é meu comentário:

Acho incrível que algo tão particular gere tanta polêmica. O que faço com meu corpo ofende? É para pensar. Talvez o outro pode ser espelho e então não gostar do que vê? Ou gostar? Acredito que jamais entenderemos o "outro" que habita em nós quanto mais o outro que "vemos". Temos várias maneiras de manipular o próprio corpo mas acredito não ser suficiente pensar que somos só corpo e que uma Tatoo talvez seja exibição, pode ser também, e daí? Não nos pintamos?? Furamos a orelha?? Usamos um sapato novo?? Um adereço qualquer? O corpo sempre foi suporte para o ser humano. Tanto nos tempos primevos como os de agora. O corpo pode ser mensagem, a dança por exemplo, o canto?? Cantar ofende?? Dançar ofende?? Depende que como chega aos olhos e ouvidos do "outro". Acima de tudo acredito que nós seres humanos queremos nos expressar, nos comunicar, consigo e com os "outros". Envelhecer também faz parte da mensagem que nosso corpo envia ao tempo, ter desenhos/letras/símbolos que envelhecem junto com a pele pode traduzir ainda melhor essa passagem, como os relógios de Dalí.

"sem conhecer os guardiões insanos que habitam o oceano" é uma das frases/letras que trago tatuada em meu corpo-mensagem-meio-comunicação.

"Viver é a arte de passar pelas frestas" (Ana Rego Monteiro

4 comentários:

Anônimo disse...

Não fui ao outro blog ver a matéria que originou uma defesa tão veemente da sua parte, mas gostei dos seus argumentos, embora acho que é interessante refletir que somos reféns de um sistema de massificação e que se antes a tatuagem estava ligada a atos culturais que registravam um lugar do sujeito na sua cultura, uma passagem, uma linhagem, hoje a tatuagem se desterritorializou, está em todos os lugares, muitas vezes como enfeite, como deleite pessoal, como forma de ficar igual as figuras de mercado. O que se pode pensar é que o corpo também está sujeito a encaminhamentos ditados pela moda e que embora seja passivel de interferencias de toda ordem ainda é nosso veiculo no mundo e, nestes casos, as vezes, quem o está dirigindo é a ordem suprema da mediocridade e dos valores enganosos de uma sociedade controladora e vazia, manipuladora das consciências. Bom , eu acho que temos o direito de agir como queremos sobre nosso próprio corpo, mas "é sempre bom lembrar que um copo vazio está cheio de ar". bjs betânia

Cel disse...

Condordo com algumas coisas que vc diz. Mas acredito que é tudo isso junto, Sim somos muito massificados e sujeitos a modismos e inúmeras influencias, mas creio que ainda assim, seres não desprovidos de inteligência e poesia. E que usar o corpo como mesagem pode ser fator de resistência com o que nos é imputado de forma violenta e vil. Poderíamos pensar inclusive na dor e fazer outros paralelos.
Com vc sempre um bom papo. Que tal uma bohemia e um franguinho prá continuar a conversa???
BJ

Adriane Lorenzon disse...

Concordo com a bohemia...
acho q poderíamos nos expressar melhor :) hehehe.
Adorei lê-la aqui... é isso... escrever é essa arte de se disciplinar a rabiscar...
Bjos
Driloren

Cel disse...

Dri, querida, só preciso aprender o português rssss
bj, muita paz nesse seu coração.